Há exatos oitenta e quatro anos, mais
precisamente a 7 de outubro de 1932, foi lançado, na cidade de São Paulo, o
chamado Manifesto de Outubro, que se constitui num dos mais importantes
documentos de toda a História Pátria e num repositório da mais pura
Brasilidade. Nas linhas que se seguem, trataremos deste documento tão
significativo da História da nossa Terra de Santa Cruz, sobre o qual os
inimigos da Nacionalidade criminosamente ergueram um alto muro de silêncio, não
menos alto, aliás, que o muro que esses mesmos indivíduos erigiram sobre o nome
do autor do aludido Manifesto, o grande e injustiçado pensador, escritor e
doutrinador político brasileiro Plínio Salgado.
Inspirado, antes e acima de tudo, nos
ensinamento perenes do Evangelho, na Doutrina Social da Igreja e nas preleções
dos grandes pensadores cristãos, espiritualistas e nacionalistas patrícios, o
Manifesto de Outubro foi redigido por Plínio Salgado e lido por este no Teatro
Municipal de São Paulo a 07 de Outubro de 1932, data em que foi também
distribuído na Capital Paulista e remetido para diversas províncias
brasileiras, por este motivo tendo ficado conhecido como Manifesto de Outubro,
a despeito de haver sido escrito em maio e aprovado em junho daquele ano pela
Sociedade de Estudos Políticos (SEP).
Fundada aos 12 dias do mês de março
daquele ano de 1932, no Salão de Armas do Clube Português, na Capital
Bandeirante, por um grupo de intelectuais encabeçado pelo próprio Plínio
Salgado, a SEP foi um núcleo de grande relevo, voltado, antes de tudo, à meditação
sobre a problemática política e social brasileira. Seus nove princípios
básicos, redigidos por Plínio Salgado e por este lidos durante a sessão
inaugural da referida Sociedade, são:
- Somos pela unidadade da Nação.
- Somos pela expressão de todas as
suas forças produtoras no Estado.- Somos pela implantação do princípio da
autoridade, desde que ele traduza forças reais e diretas dos agentes da
produção material, intelectual e da expressão moral do nosso povo.
- Somos pela consulta das tradições históricas
e das circunstâncias geográficas, climatéricas e econômicas que distinguem
nosso País.
- Somos por um programa de
coordenação de todas as classes produtoras.
- Somos por um ideal de justiça
humana, que realize o máximo de aproveitamento dos meios de produção, em
benefício de todos, sem atentar contra o princípio da propriedade, ferido tanto
pelo socialismo, como pelo democratismo, nas expressões que aquele dá à
coletividade e este ao indivíduo.
- Somos contrários a toda tirania
exercida pelo Estado contra o Indivíduo e as suas projeções morais; somos
contra a tirania dos Indivíduos contra a ação do Estado e os superiores
interesses da Nação.
- Somos contrários a todas as
doutrinas que pretendem criar privilégios de raças, de classes, de indivíduos,
grupos financeiros ou partidários, mantenedores de oligarquias econômicas ou
políticas.
- Somos pela afirmação do pensamento
político brasileiro baseado nas realidades da terra, nas circunstâncias do
mundo contemporâneo, nas superiores finalidades do Homem e no aproveitamento
das conquistas científicas e técnicas do nosso século.[1]
Isto posto, cumpre salientar que, ao
fundar esse importante núcleo de estudos da realidade, do pensamento e dos
problemas pátrios que foi a SEP, era já Plínio Salgado um consagrado escritor,
jornalista e político. Seu primeiro romance, O estrangeiro (1926), primeiro
romance social em prosa modernista do País e maior poema em prosa do Modernismo
Brasileiro, tivera um grande sucesso de público e de crítica, merecendo elogios
de escritores e críticos literários da estirpe de Jackson de Figueiredo,
Agripino Grieco, Tristão de Athayde (Alceu Amoroso Lima), Monteiro Lobato, José
Américo de Almeida, Tasso da Silveira, Afrânio Peixoto, Augusto Frederico
Schmidt, Rodrigues de Abreu, Nuto Sant’Ana, Francisco Pati, Brito Broca,
Menotti Del Picchia e Cassiano Ricardo, dentre outros. Seu segundo romance, O
esperado (1931), também tivera bastante sucesso, ainda que menor do que aquele
de O estrangeiro. Como jornalista, fora redator dos diários A Gazeta e Correio Paulistano, ambos de São
Paulo, colaborara em diversos jornais e revistas e fora redator-chefe do
matutino A Razão, também da Capital Paulista. Em seu artigo diário de abertura
neste último periódico, intitulado Nota Política e transcrito no jornal Era
Nova, da Bahia, e em jornais do Ceará,[2] revelara, no dizer de Virgínio Santa
Rosa, o sociólogo que vivia embuçado no romancista, sendo saudado por Tristão
de Athayde como a maior revelação do ano (de 1931),[3] além de haver despertado
diversos jovens para o estudo da realidade nacional e dos pensadores
brasileiros. Em 1928 fora eleito Deputado Estadual em São Paulo pelo Partido
Republicano Paulista, entrando pelo 2° turno e sendo o candidato mais
votado,[4] e em 1930 redigira o manifesto que no ano seguinte (1931) seria
entregue à Legião Revolucionária de São Paulo,[5] que o adotaria, ainda que
logo mais se desviasse de suas diretrizes.
A despeito de o Manifesto entregue
por Plínio Salgado à Legião Revolucionária de São Paulo, que recebera
justíssimos elogios de intelectuais como Oliveira Vianna e Octavio de Faria,
poder ser já plenamente considerado um manifesto integralista e de o próprio
Plínio Salgado mais tarde haver afirmado que o romance O estrangeiro havia sido
seu “primeiro manifesto integralista”,[6] foi o Manifesto de Outubro,
incontestavelmente, o primeiro manifesto oficialmente integralista do Brasil.
Sua mensagem, essencialmente cristã, brasileira, democrática na acepção
integral e orgânica do termo e revolucionária no sentido tradicional e
astronômico do vocábulo, espalhou-se, com grande rapidez, por todas as
províncias componentes deste vasto Império, logo se reunindo, à sombra da
bandeira azul e branca do Sigma, centenas de milhares de soldados de Deus, da
Pátria e da Família, bandeirantes do Brasil Profundo e de sua Tradição Integral
e sentinelas, sempre alertas e vigilantes, da Imperial Nação Brasileira. Estas
sentinelas eram homens e mulheres de todos os segmentos da Sociedade, desde os
mais humildes caboclos dos mais remotos rincões da Pátria até os mais ilustres
componentes da mais fina flor da intelectualidade nacional, “Bandeirantes do
Espírito”, na expressão de Genésio Pereira Filho,[7] que constituíram a
“poderosa geração integralista” de que nos fala Gumercindo Rocha Dorea.[8]
Inspirado, em larga medida, nos
ensinamentos do Manifesto de Outubro, sua Carta Magna, o Integralismo realizou,
na década de 1930, por meio de seu principal instrumento, a Ação Integralista
Brasileira, como enfatiza Plínio Salgado, em O Integralismo na vida brasileira,
a maior obra cívica e cultural da História Pátria. Com efeito, o Integralismo
ensinou dezenas de milhares de brasileiros a cantar o Hino Nacional; levou
multidões para ver e aplaudir os desfiles do Exército e da Marinha; promoveu o
respeito às datas históricas e aos heróis nacionais; realizou imponentes
homenagens a muitos dos mais notáveis vultos da nossa História; fundou milhares
de escolas de alfabetização para crianças e adultos e de ambulatórios médicos;
editou dezenas de livros e outras tantas dezenas de jornais e revistas; criou
milhares de bibliotecas e organizou cursos de História do Brasil, Geografia,
Instrução Moral e Cívica, Filosofia, Economia Política e Direito Público;
realizou exposições, concertos e cursos de Cultura Artística e, antes e acima
de tudo, nas palavras de Plínio Salgado, “arregimentou a infância e a
adolescência, incutindo-lhes entusiasmo pelos nobres ideais, formando-lhes os
corações segundo a doutrina do Evangelho, incendiando-as num surto de patriotismo”
como nem antes nem depois da AIB se viu semelhante em nosso País.[9]
O Manifesto de Outubro, de magna e
profunda relevância para a História Nacional e de impressionante atualidade, se
constitui na mais perfeita síntese daquilo que foi construído pelos pensadores,
escritores e estadistas patrícios até o ano de 1932 e na igualmente perfeita
síntese da vigorosa e sadia Doutrina Integralista, autêntico exemplo do mais
lídimo “idealismo orgânico” de que nos fala Oliveira Vianna e que vem a ser o
idealismo realista e tradicionalista, formado tão somente de realidade,
alicerçado tão somente na experiência e orientado tão somente pela observação
do povo e do meio,[10] ou, noutras palavras, o idealismo consciente de que as
instituições devem brotar da Tradição e da História dos povos e não da cabeça
de ideólogos criadores de mitos e quimeras, o idealismo, enfim, que extrai da
História uma Tradição sólida e viva, um coeficiente espiritual de edificação
moral, social e cívica, um desenvolvimento estável e verdadeiro, transmissor e
enriquecedor do patrimônio de pensamento e de costumes por nós herdado de
nossos maiores.[11]
Reflete, pois, o Manifesto de
Outubro, como sublinhamos algures,[12]a Tradição Integral da Nação Brasileira,
trazendo soluções nacionais para os problemas nacionais, e isto em um País em
que já desde o Império as elites quase nada mais faziam do que transplantar
ideias e soluções estrangeiras, geralmente utópicas mesmo nos países em que
haviam sido inicialmente propostas, e totalmente alheias à nossa Tradição, aos
nossos costumes, à nossa Identidade Nacional. Isto porque Plínio Salgado tinha
plena consciência de que, consoante preleciona Eduardo Prado, em A ilusão
americana, as sociedades devem ser regidas por leis emanadas de sua estirpe, de
sua História, de seu caráter, de seu desenvolvimento orgânico.[13]
Plínio Salgado também tinha plena
consciência, como igualmente sublinhamos,[14] de que, como faz ver Oliveira
Vianna, no prefácio à primeira edição da obra O idealismo da Constituição, de
1927, “se, ontem como agora, o problema da democracia no Brasil tem sido mal
posto, é porque tem sido posto à maneira inglesa, à maneira francesa, à maneira
americana; mas, nunca, à maneira brasileira”.[15] Daí o então futuro autor de
Espírito da burguesia e da Vida de Jesus propor, naquele documento histórico,
um modelo orgânico e autenticamente brasileiro de Democracia, que, conforme
assinala Gustavo Barroso, se inspira profundamente nas lições políticas de
Santo Tomás de Aquino,[16] o Doutor Angélico.
As não muitas porém densas páginas do
Manifesto de Outubro, estuantes de Cristianismo e de Brasilidade, refletem os
mais nobres valores, costumes e tradições pátrios e a mais genuína Doutrina
Social Cristã, a um só tempo anti-individualista e anticoletivista,
anitiliberal e antitotalitária, e sintetizam, como há pouco sublinhamos, toda a
Doutrina Integralista, depois de seu surgimento desenvolvida em diversos
livros, manifestos, artigos publicados em jornais e revistas e discursos de
Plínio Salgado e de outros vultos do Movimento Integralista. Em tais páginas
estão presentes, por exemplo, as ideias seguintes, centrais na Doutrina do
Sigma: Afirmação da existência de Deus e da Alma Imortal do Homem; Concepção
Integral do Universo e do Ente Humano; Patriotismo; Nacionalismo Integral,
justo, equilibrado, sadio e edificador, alicerçado na Tradição e tendente ao
autêntico Universalismo, que não pode ser confundido com o internacionalismo
liberal ou comunista; defesa da Família, cellula mater da Sociedade, e do
Município, cellula mater da Nação; respeito à Tradição Nacional; combate sem
tréguas ao comunismo e ao liberal-capitalismo internacional; guerra sem quartel
ao cosmopolitismo; Sustentação da Harmonia e da Justiça Social; restauração dos
princípios de Autoridade, Hierarquia e Disciplina; pugna sem tréguas contra o
racismo e em prol da valorização do nosso povo e das nossas tradições, assim
como dos pensadores e escritores nacionais; luta pela construção de uma
Democracia Integral e de um Estado Ético Orgânico Integral Cristão, instrumento
da Nação, do Homem do Bem Comum.
O primeiro artigo do Manifesto de
Outubro trata da concepção integral do Universo e do Homem, afirmando que “Deus
dirige o destino dos povos”; que o Homem, ente dotado de vocação sobrenatural,
“deve praticar sobre a terra as virtudes que o elevam e aperfeiçoam”, valendo
pelo trabalho e pelo sacrifício em prol da Família, da Pátria e da Sociedade,
assim como pelo estudo, inteligência e honestidade e pelo progresso científico,
técnico e artístico “tendo por fim o bem estar da Nação e o elevamento moral
das pessoas”; que as riquezas são bens meramente passageiros, não engrandecendo
a ninguém, ao menos que seus detentores cumpram os deveres que lhes são
impostos em benefício da Pátria e da Sociedade, e que os homens, assim como as
classes, “podem e devem viver em harmonia”.[17]
Como observa Plínio Salgado em O
Integralismo na vida brasileira, obra que se constitui no primeiro volume da
Enciclopédia do Integralismo, organizada por Gumercindo Rocha Dorea e por ele
entre fins da década de 1950 e princípios da década de 1960, neste primeiro
capítulo do Manifesto de Outubro se encontra a influência de Farias Brito,
quando este, no livro A verdade como regras das ações, demonstra que não podem
existir normas morais sem que preliminarmente adotemos uma precisa noção da
origem e da finalidade da Pessoa Humana. Ainda segundo Plínio Salgado, tal
capítulo reconduz os valores morais ao lugar superior de onde foram arrancados
pelo materialismo moderno, e defende “o direito às legítimas aspirações de cada
um e de todos, pela prática da fraternidade cristã e da justiça, que emana dos
corações à luz de uma consciência conhecedora das leis de Deus”, se
constituindo em uma proclamação de direitos da Pessoa Humana, “não segundo o
critério agnóstico-naturalista de Rousseau, mas segundo a filiação comum dos
homens em Deus”.[18]
No segundo artigo do Manifesto de
Outubro, Plínio Salgado sustenta a Democracia Orgânica, ou Democracia Integral,
consagrando o princípio democrático da representação política dos trabalhadores
de acordo com suas categorias profissionais,[19] sistema este que está
plenamente de acordo com a Doutrina Social da Igreja, conformando-se plenamente
com as lições, no campo social, de todos os Sumos Pontífices a partir de Pio IX
e Leão XIII.[20]
No artigo terceiro, chamado O
Princípio de Autoridade, defende-se a restauração do princípio de
Autoridade,[21] entendida como pressuposto da autêntica Liberdade, nele podendo
ser sentida, nas palavras do autor do Manifesto de Outubro, “a presença de
Jackson de Figueiredo, nas suas campanhas pela restauração do princípio de
autoridade, sem a qual a liberdade dos maus, dos traficantes e dos imorais
tripudiará sobre os direitos dos bons, dos honestos e virtuosos”.[22]
No artigo quarto do Manifesto de
Outubro, que trata do nacionalismo, podemos perceber que Plínio Salgado está
plenamente de acordo com Alberto Torres, que, na obra O problema nacional
brasileiro, defende o autêntico nacionalismo, combatendo o cosmopolitismo e a
influência estrangeira, assim como os absurdos e nefastos preconceitos étnicos,
que levaram muitos brasileiros a amesquinhar os elementos formadores da
Nacionalidade, assim como aqueles que posteriormente nela se estabeleceram.[23]
Consoante ressalta Plínio Salgado,
Nesse capítulo 4º, palpitante de
brasilidade, como que se ouvem os clarins de Olavo Bilac na sua memorável
campanha cívica; as vozes de Alencar e de Gonçalves Dias, repetindo os ecos da
selva; o clangorar das inúbias na obra de Couto de Magalhães; a simpatia humana
de Joaquim Nabuco por aqueles que ele ajudou a libertar da escravidão; o nobre
orgulho da estirpe lusitana, que ilumina as páginas de Elísio de Carvalho; a
alma do sertanejo, presente nos “Sertões” de Euclides da Cunha; o sentido do
tradicionalismo flagrante em Oliveira Lima e Eduardo Prado; o entusiasmo patriótico
do Conde de Afonso Celso.[24].
No artigo quinto do Manifesto
Integralista de 07 de Outubro de 1932, Plínio Salgado condena o regionalismo
excessivo e o exclusivismo da política estadual em detrimento da política
nacional, colocando-se contra os “partidarismos egoístas”, a luta de classes e
o caudilhismo.[25] Tal artigo está, nas palavras do seu próprio autor, repleto
“da alma de Caxias, do sentido da Unidade Nacional pela qual lutou o
Condestável do Império, do sentimento sempre presente em nossas Forças Armadas,
da ordem interna como base da defesa externa,” se erguendo contra “o
exclusivismo da política provinciana em detrimento da grande política da
Nacionalidade”.[26]
No sexto artigo do Manifesto ora em
apreço, Plínio Salgado condena veementemente as conspirações carentes de
objetivos doutrinários, as revoluções sem programas,[27] proclamando que o
Integralismo é a “Revolução em marcha”, porém “a Revolução com ideias”, sendo,
portanto, “franca, leal e corajosa”.[28]
O artigo sétimo do Manifesto de
Outubro trata da questão social tal como a considera o Integralismo, sob
visível influência da Doutrina Social da Igreja e das ideias de pensadores
brasileiros como Pandiá Calógeras e o Rui Barbosa dos últimos anos de vida,
ideias estas inspiradas, aliás, principalmente na Encíclica Rerum novarum, de
Leão XIII, e na obra do Cardeal Mercier.[29] Em tal artigo, Plínio Salgado,
entendendo a propriedade como trabalho acumulado e projeção física da
personalidade humana[30] e condenando a “escravidão comunista” e o
liberal-capitalismo, sustenta o direito natural de propriedade, contra o qual
atenta o sistema econômico liberal-capitalista, e defende, ainda, as justas
reivindicações dos trabalhadores, que deveriam perceber “salários adequados às
suas necessidades”, participar dos lucros das empresas “conforme seu esforço e
capacidade” e tomar parte nas decisões governamentais.[31]
O artigo oitavo do Manifesto
Integralista de 07 de Outubro, por sua vez, defende a Família, cellula mater da
Sociedade e primeiro dos Grupos Naturais, que, assim como o Homem, precederam o
Estado, que tem o dever de respeitar sua intangibilidade, necessitando ser
forte justamente para manter a integridade do Homem e da Família.[32]
O artigo nono do Manifesto de Outubro
sustenta o Municipalismo, com base, antes de tudo, nos ensinamentos dos
constitucionalistas do Primeiro Reinado e nas observações, já no período
republicano, de homens como Gama Rodrigues, ao lado de quem Plínio Salgado
fundara, em fins da década de 1910, o Partido Municipalista, e Domingos
Jaguaribe,[33] a quem o autor de O estrangeiro considerava o “patriarca do
Municipalismo”.[34] Neste artigo, o autor de O estrangeiro e O esperado afirma
que o Município, cellula mater da Nação, é uma reunião de pessoas livres e de
famílias autônomas, devendo ser autônomo em tudo aquilo que diz respeito a seus
interesses peculiares.[35]
Por fim, o artigo décimo do Manifesto
de Outubro é, na expressão de Plínio Salgado, a “síntese nacionalista do Estado
Cristão, o resumo da democracia orgânica”. Nele são traçados
os grandes lineamentos da expressão e
do prestígio internacional da Pátria Brasileira. Vive ali o espírito de
Alexandre de Gusmão e do Barão do Rio Branco; os sonhos de D. João Terceiro e
do Conde de Bobadela e de D. João VI; a firmeza de José Bonifácio na construção
da nossa unidade e da nossa grandeza; a ação de Pedro Segundo e do Duque de
Caxias na consolidação desse patrimônio.[36]
Baseado na concepção integral do
Universo e da Pessoa Humana, o Estado Integral tem como princípios fundamentais
o respeito ao Direito Natural e à intangibilidade do Ente Humano, de seu
Livre-arbítrio e dos Grupos Naturais, que são anteriores ao Estado e fornecem
ao Homem os meios necessários à expressão de sua autonomia,[37] cumprindo
salientar que, como pondera Plínio Salgado, a Pessoa Humana é dotada de
direitos naturais, que lhe são congênitos, decorrendo, pois, não do Estado, mas
de sua própria essência, não podendo, assim, ser negados pelo Estado e suas
leis.[38]
Conforme salientamos há exatamente
quatro anos, por ocasião do octogésimo aniversário do Manifesto de Outubro,[39]
este tão injustamente olvidado Manifesto e o tão caluniado e mesmo demonizado
Integralismo, movimento sobre o qual se criou uma verdadeira leyenda negra
ainda não de todo destruída, desempenharam papel de grande relevância na vida
cultural, política e social do nosso Brasil, relevância esta muito bem
sintetizada por Plínio Salgado nas páginas de O Integralismo na vida brasileira
e que é por nós assaz conhecida, do mesmo modo que os nomes dos diversos
pensadores, escritores, juristas, jornalistas, médicos, professores, políticos,
sociólogos e historiadores que vestiram a Camisa-Verde Integralista e muito
contribuíram, em suas respectivas áreas, para o engrandecimento e enobrecimento
da Nação Brasileira. Em virtude disto, julgamos não ser necessário discorrer
aqui a respeito de tais assuntos. Salientemos, pois, apenas, que o Integralismo
não foi tão somente o primeiro “movimento de massas” do Brasil e que a AIB
(Ação Integralista Brasileira) não foi unicamente a primeira agremiação
política de amplitude nacional desde o ocaso do Império, mas que tal movimento
e tal organização foram – e tal movimento ainda é -, como afirmamos algures,
uma admirável escola de Moralidade, Civismo, Patriotismo e Nacionalismo
construtivo, assim como um possante foco de irradiação, inexpugnável cidadela e
vigilante atalaia do Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro.[40]
Com efeito, o Integralismo, que é,
como aduz Gustavo Barroso, “uma Ação Social, um Movimento de Renovação Nacional
em todos os pontos e em todos os sentidos”, pregando “uma doutrina de renovação
política, econômica, financeira, cultural e moral”,[41] tendo como lema a tríade
“Deus, Pátria e Família”, “grandiosa como nenhuma outra”, na expressão de
Afonso de Escragnolle Taunay,[42] reuniu, no dizer de Miguel Reale, “o que
havia de mais fino na intelectualidade da época”,[43] se constituindo, segundo
Gerardo Mello Mourão, no “mais fascinante grupo da inteligência do País”.[44]
No mesmo sentido, poderíamos citar as palavras do liberal e, portanto,
insuspeito Roberto Campos, que, em suas memórias, ao falar de San Tiago Dantas,
evoca “o surpreendente fascínio que o Integralismo exerceu em sua geração,
particularmente sobre a parte mais intelectualizada”[45], assim como as
palavras do também liberal e insuspeito Pedro Calmon, que, na biografia de seu
pai, Miguel Calmon, observa que a plêiade de intelectuais reunida pelo Integralismo
“poderia lotar uma Academia, em vez de ocupar uma trincheira”[46]. Aliás,
devemos dizer que Pedro Calmon se equivocou, pois a plêiade de intelectuais que
a Doutrina do Sigma reuniu, na década de 1930, em torno da bandeira azul e
branca, e que bem podemos denominar a falange dos “homens de mil” do
Integralismo, daria para encher não apenas uma, mas várias academias.
Ainda neste diapasão, salienta Acacio
Vaz de Lima Filho que o Integralismo reuniu, na década de 1930, “o que havia de
mais bela na juventude brasileira em termos de ideal”, bem como “a fina flor da
intelectualidade nacional”, intelectualidade esta que, rompendo com a tradição
de servil imitação dos modelos estrangeiros, voltou-se “para o Brasil, e para
as mais profundas raízes da brasilidade”.[47]
As palavras de Acacio Vaz de Lima
Filho que acabamos de citar se encontram no belo prefácio que este escreveu
para a obra “Existe um pensamento político brasileiro?”, Existe, sim, Raymundo
Faoro: o Integralismo!: Uma nova geração analisa e interpreta o Manifesto de
Outubro de 1932 de Plínio Salgado, que, organizada por Gumercindo Rocha Dorea e
por este editada em 2015, reúne ao aludido Manifestouma série de textos, quase
todos escritos por jovens, comentando cada um dos artigos daquele tão relevante
quanto criminosamente olvidado documento da História Pátria.
Como evocamos na “orelha” do
mencionado livro, ao saudar Plínio Salgado, por ocasião de uma conferência que
este realizou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 3 de agosto
de 1953, o Professor Heraldo Barbuy, egrégio filósofo, sociólogo e escritor
paulista, examinando a obra de Plínio Salgado como escritor, pensador e homem
de ação, observou que a Doutrina Pliniana se tornara, então, mais do que nunca,
necessária por firmar os verdadeiros conceitos do Homem, da Sociedade e do
Estado, e terminou seu discurso exaltando a tenacidade, a coerência e a
capacidade de sacrifício de Plínio Salgado, sustentando seu nobre e límpido
pensamento em meio às injustiças e incompreensões.[48]
Ainda como escrevemos na “orelha” do
aludido livro, na hora presente, ainda muito mais do que em 1953, é necessária
a Doutrina Pliniana para o nosso Brasil e para todo o Mundo e a leitura do
Manifesto de Outubro confirmará isto a todas as pessoas intelectualmente
honestas que a fizerem.
Como igualmente assinalamos na
“orelha” da mencionada obra, a leitura do Manifesto de Outubro, dos textos
sobre seus artigos enfeixados naquele volume e do magnífico prefácio daquele
livro, escrito, como há pouco observamos, pelo Professor Acacio Vaz de Lima
Filho, outro incansável combatente em prol dos elevados valores
consubstanciados na tríade “Deus, Pátria e Família”, demonstrará não apenas o
quanto as doutrinas de Plínio Salgado e do Integralismo são necessárias, na
hora que passa, assim como no futuro, para o Brasil e o Mundo, mas também a
nobreza e perfeição de tais doutrinas, tão injustiçadas pelos inimigos de Deus,
da Pátria e da Família quanto o próprio Plínio Salgado, “esse injustiçado”, nas
justas palavras de Pedro Paulo Filho, inspirado poeta, memorialista e
historiador de Campos do Jordão.[49]
Sobre Plínio Salgado, “o mais
eloquente intérprete da Brasilidade”, na frase de Hipólito Raposo,[50] assim
como o “profeta incandescente e sublime de seu povo”, a “encarnação viva do
Brasil melhor”[51] e o “descobridor bandeirante das essências de sua
pátria”,[52] no dizer de Francisco Elías de Tejada, e o “cavaleiro do Brasil
Integral”, na expressão de Ribeiro Couto,[53] fazemos nossas as seguintes
palavras que sobre esse bandeirante e arauto de um Brasil Maior escreveu, no
livro há pouco citado, o jovem pensador Fernando Rodrigues Batista, ilustre
filho do Paraná:
Em certa medida somos todos devedores
destes grandes homens que, na história do pensamento e da política dos povos,
não se contentando em passar por ela apenas como espectadores medíocres, nela
se projetam como portadores de ideias destinadas a perpetuar-se no tempo
através de sucessivas gerações que transmitem sua mensagem luminosa com
entusiasmo sempre renovado, pois que esta mensagem traz em seu bojo a própria
alma de seu povo, de sua nação, de sua história, através da tradição. Dentre
estes homens, Plínio Salgado figura em lugar de honra, sobremodo para nós que
no alvorecer da mocidade, em meio a desordem moral e intelectual, nos deixamos
iluminar pelo fogo do ideal deste exímio pensador.[54]
Enquanto houver este Império por nome
de Brasil, o fogo do ideal cristão, tradicionalista, patriótico e sadia e
vigorosamente nacionalista de Plínio Salgado fulgirá com acentuado brilho, como
um magno farol no seio da treva da noite que atravessamos. E estamos certos de
que seu apostolado e sua peleja por Cristo Rei e pela Nação serão cada vez mais
reconhecidos e que este varão justo e sábio será sempre evocado por todos os legítimos
patriotas patrícios como um dos máximos vultos do pensamento tradicional
cristão, brasileiro, lusíada e hispânico e, sobretudo, como um dos maiores
brasileiros de todos os tempos e a encarnação viva do Brasil Profundo,
Autêntico e Verdadeiro.
Já nos havendo estendido mais do que
inicialmente planejamos, reputamos oportuno encerrar aqui o presente artigo,
ressaltando que o Manifesto de Outubro, síntese por excelência da Doutrina
profundamente cristã e brasileira do Integralismo, vanguarda da Nação Profunda
e de sua Tradição, se configura em um altaneiro e eloquente brado em prol da
edificação de um Brasil Grande e Renovado, restituído a sua augusta missão
histórica, herdada de Portugal, de dilatar a Fé e o Império. Tal documento,
repositório do mais sadio, vigoroso, rigoroso e edificante nacionalismo e
leitura obrigatória a todos aqueles que pretendem se tornar autênticos
guerreiros de Deus, da Pátria, da Família e de todos os valores tradicionais
consubstanciados em tal tríade, tal documento, enfim, em que se pode sentir o
palpitar do Brasil Autêntico e se sentem os perfumes da Terra Brasileira, se
configura na sementeira da Pátria Nova com que sonhamos, com os pés no chão,
todos os autênticos e verdadeiros idealistas orgânicos. Neste octogésimo terceiro
aniversário do “nosso Manifesto”, como, aliás, o chamou o Professor Goffredo
Telles Junior, pouco antes de seu falecimento, em conversa telefônica com o
Professor Acacio Vaz de Lima Filho, rogamos, uma vez mais, a Deus, Criador e
Regente do Universo e do Homem, que suscite, no nosso Brasil, varões de
espírito nobre e guerreiro dispostos a marchar pelo fogo e pelas ruínas,
sacrificando, se necessário, as próprias vidas, sem nada pedir em troca, em
nome dos princípios resumidos no Manifesto de Outubro, lídima expressão do
autêntico Espírito Nobre e carta de princípios que deve ser tomada em
consideração por todo aquele que tem consciência de que é com base na autêntica
Tradição Nacional e no autêntico pensamento nacional brasileiro que devemos
estruturar as nossas instituições políticas.
Por Cristo e pela Nação!
Victor Emanuel Vilela Barbuy,
Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira,
São Paulo, 07 de outubro de 2016-LXXXIV.
O presente artigo se constitui, numa versão revista,
atualizada e ampliada de nosso artigo 83 anos do Manifesto de Outubro,
disponível em: http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=356#.V_cH_iSH7IU
. Este último artigo, por sua vez, é, em última análise, uma versão revista,
atualizada e largamente ampliada do artigo 82 anos do Manifesto de Outubro,
também de nossa lavra e disponível em:
http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=312#.VhVpfPlViko.
Notas:
[1] In VV.AA., Plínio Salgado, 4ª edição, São Paulo, Edição
da Revista Panorama, 1937, p. 35.
[2] Cf. Plínio SALGADO, O Integralismo na vida brasileira, in
Enciclopédia do Integralismo, vol. I, Rio de Janeiro, Edições GRD/Livraria
Clássica Brasileira, s/d, p. 15.
[3] A personalidade de Plínio Salgado, in VV.AA., Plínio
Salgado, 4ª edição, São Paulo, Companhia Editora Panorama, 1937, p. 73.
[4] Cf. Maria Amélia Salgado LOUREIRO, Plínio Salgado, meu
pai, São Paulo, Edições GRD, 2001, p.154.
[5] Manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo, in
Antônio Carlos PEREIRA, Folha dobrada: documento e história do povo paulista em
1932, São Paulo, O Estado de S. Paulo, 1982, pp. 517-525.
[6] Despertemos a Nação, 1ª edição, Rio de Janeiro, José
Olympio Editora, 1935, p. 5.
[7] Palavras iniciais, in Plínio SALGADO, Extremismo e
Democracia, 1ª edição, São Paulo, Editorial Guanumby, s/d, p. 8.
[8] Recado a um ex-presidente da República, ex-ministro,
ex-senador; ex-professor universitário e que, hoje, amplia e revitaliza os
“quadros” dos remanescentes caluniadores do Integralismo [Fernando Henrique
Carodoso], in Gumercindo Rocha DOREA (Organizador), “Existe um pensamento
político brasileiro?”, Existe, sim, Raymundo Faoro: o Integralismo!: uma nova
geração analisa e interpreta o Manifesto de Outubro de 1932 de Plínio Salgado,
São Paulo, Edições GRD, p. XI.
[9] O Integralismo na vida brasileira, cit., pp. 37-38
[10] O idealismo da Constituição,2ª edição, aumentada, São
Paulo, Companhia Editora Nacional, 1939, pp. 12-13.
[11] Cf. Victor Emanuel Vilela BARBUY, Idealismo utópico e
idealismo orgânico (Comunicação apresentada no III Simpósio de Filologia e
Cultura Latino-Americana, promovido pelo PROLAM/USP e pelo Núcleo de Pesquisa
“América” e realizado nos dias 28, 29 e 30 de novembro de 2011, na sala de
videoconferências de Filosofia e Ciências Sociais, na Cidade Universitária, em
São Paulo). Disponível em: http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=137.
Acesso em 07 de outubro de 2016.
[12] 79 anos do Manifesto de Outubro. Disponível em:
http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=125. Acesso em 07 de outubro de
2016.
[13] A ilusão americana, 2ª edição, Prefácio de Augusto
Frederico Schmidt, Rio de Janeiro, Livraria Civilização Brasileira S.A., 1933,
p. 60.
[14] 79 anos do Manifesto de Outubro, cit.
[15] O idealismo da Constituição, 1ª edição, Rio de Janeiro,
Edição de Terra de Sol, 1927, p. 13.
[16] Comunismo, Cristianismo e Corporativismo, Rio de
Janeiro, Empresa Editora ABC Ltda., 1938, p. 98.
[17] Cf. Plínio Salgado, Manifesto de Outubro de 1932, in Sei
que vou por aqui!, n. 2, São Paulo, setembro-dezembro de 2004, p. V.
[18] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 23.
[19] Manifesto de Outubro de 1932, cit., p. V.
[20] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 24.
[21] Manifesto de Outubro de 1932, cit., loc. cit.
[22] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 25.
[23] Idem, loc. cit.
[24] Idem, p. 26.
[25] Manifesto de Outubro de 1932, cit., p. VIII.
[26] O Integralismo na vida brasileira, cit., loc. cit.
[27]Idem, loc. cit.
[28] Manifesto de Outubro de 1932, cit., p. IX.
[29] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 27.
[30] Idem, loc. cit.
[31] Manifesto de Outubro de 1932, cit., pp. IX-X.
[32] Idem, pp. X-XI; O Integralismo na vida brasileira, cit.,
pp. 27-28.
[33] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 28.
[34] Apud Pedro PAULO FILHO, Campos do Jordão, o presente
passado a limpo, São José dos Campos, Vertente, 1997, p. 70.
[35] Manifesto de Outubro de 1932, cit., p. XI.
[36] O Integralismo na vida brasileira, cit., p. 29.
[37] Cf. Victor Emanuel Vilela BARBUY, O Estado Integralista,
in Gumercindo Rocha DOREA (Organizador), “Existe um pensamento político
brasileiro?”, Existe, sim, Raymundo Faoro: o Integralismo!: uma nova geração
analisa e interpreta o Manifesto de Outubro de 1932 de Plínio Salgado, São
Paulo, Edições GRD, p. 239.
[38] Carta de Princípios do Partido de Representação Popular,
Porto Alegre, Edição do Comitê de Propaganda pró Candidatura de Plínio Salgado,
1955, p. 3.
[39]80 anos do Manifesto de Outubro, cit.
[40] 79 anos do Manifesto de Outubro, cit.
[41] O que o Integralista deve saber, 5ª edição, Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, S.A, 1937, pp. 09-10.
[42] Algumas palavras, in, Lúcio José dos SANTOS, Filosofia,
Pedagogia, Religião, São Paulo, Companhia Melhoramentos, 1936, p. 7.
[43] Entrevista concedida ao Jornal da USP. Disponível
em:http://espacoculturalmiguelreale.blogspot.com/2007/08/entrevista-concedida-pelo-prof-reale-ao.html.
Acesso em 07 de outubro de 2014.
[44] Entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Disponível
em:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=414001.
Acesso em 07 de outubro de 2016.
[45] A lanterna na popa, Rio de Janeiro, Topbooks, 1994, p.
843.
[46] Miguel Calmon – uma grande vida, Prefácio de Afonso
Arinos de Melo Franco, Rio de Janeiro, José Olympio Editora; Brasília, INL
(Instituto Nacional do Livro), 1983, p. 170.
[47]Prefácio, in Gumercindo Rocha DOREA (Organizador),
“Existe um pensamento político brasileiro?”, Existe, sim, Raymundo Faoro: o
Integralismo!: uma nova geração analisa e interpreta o Manifesto de Outubro de
1932 de Plínio Salgado, cit., p. XVI.
[48] Cf. A MARCHA, Plínio Salgado falou aos estudantes da
Universidade Católica de São Paulo, in A Marcha, ano I, n. 26, 14 de agosto de
1953, p. 1.
[49] Plínio Salgado, esse injustiçado, in Gumercindo Rocha
DOREA (Organizador e apresentador), São Bento do Sapucaí, São Paulo, Espaço
Cultural Plínio Salgado, 1994, p. 15.
[50] A notável oração do Dr. Hipólito Raposo, in VV.AA.,
Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II, São Paulo, Voz do Oeste/Casa de Plínio
Salgado, 1986, p. 189.
[51] Plínio Salgado na tradição do Brasil, in VV.AA., Plínio
Salgado: “in memoriam”, vol. II, cit., p. 47.
[52] Idem, p. 70.
[53] O cavaleiro do Brasil Integral, in Sei que vou por
aqui!, ano I, n. 2, São Paulo, setembro-dezembro de 2004, p. XVII. Artigo
originalmente publicado no Jornal do Brasil a 20/07/1933.
[54] Plínio Salgado e o pensamento tradicional, in Gumercindo
Rocha DOREA (Organizador), “Existe um pensamento político brasileiro?”, Existe,
sim, Raymundo Faoro: o Integralismo!: uma nova geração analisa e interpreta o
Manifesto de Outubro de 1932 de Plínio Salgado, cit., p. 107.ro, 1979, pp. 26-27.
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