quinta-feira, 21 de julho de 2011

Em resposta a algumas bobagens que andam falando no meio monárquico sobre o Integralismo.


 Victor Emanuel Vilela Barbuy



I - Integralismo e TFP são coisas bem distintas, não se podendo confundir Integralismo com TFP, Plínio Salgado com Plínio Corrêa de Oliveira.

II - O Integralismo é muito diferente do Fascismo, sendo contrário ao Estado Totalitário e defendendo um corporativismo democrático, muito diferente do corporativismo estatizante do Fascismo.

III - A saudação Integralista é uma saudação indígena, distinta da saudação romana adotada pelo Fascismo.

IV - O Integralismo não é antidemocrático, defendendo a Democracia Orgânica, Democracia Cristã, ou Democracia Integral, como preferirem.

V - O Integralismo jamais defendeu preconceito de raça, cor, religião ou CREDO. Ao contrário, sempre houve Integralistas dos mais variados credos e etnias. Vários negros, por exemplo, foram Integralistas, incluindo figuras ilustres como as de João Cândido, Guerreiro Ramos, Ironildes Rodrigues, Sebastião Rodrigues Alves, Abdias do Nascimento e Dario de Bittencourt. Este último, aliás, foi Chefe Provincial da Ação Integralista Brasileira no Rio Grande do Sul. Além disso, as relações da Ação Integralista Brasileira e da Frente Negra Brasileira, maior movimento negro da História do Brasil, que teve como principal líder o monarquista Arlindo Veiga dos Santos, sempre foram excelentes, sendo que o jornal da FNB chegou a ter como epígrafe o lema “Deus, Pátria, Raça e Família", inspirado no lema Integralista "Deus, Pátria e Família".

VI- Para o governo de todos, o principal líder monárquico nas primeiras décadas do século XX, o grande Conde de Afonso Celso, ingressou na Ação Integralista Brasileira e morreu Integralista, assim como vários outros monarquistas militantes, dentre os quais podemos destacar a figura de Gustavo Barroso, principal doutrinador do Integralismo depois de Plínio Salgado. Houve, ainda, vários Integralistas e simpatizantes na Família Orléans e Bragança, como D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, primogênito da Princesa Isabel, e seu filho João de Orléans e Bragança, que inclusive participou do Levante de 11 de Maio de 1938, que reuniu Integralistas e liberais contra a ditadura estadonovista de Getúlio Vargas.

Publicado originalmente em Maio de 2011.