terça-feira, 3 de maio de 2011

O Integralismo é igual ao nazi-fascismo?

Victor Emanuel Vilela Barbuy

O Integralismo não se inspirou no nazismo. Quando o Integralismo surgiu ninguém nem sabia o que era nazismo no Brasil. E depois, o Integralismo, que é movimento autenticamente nacional, sempre foi contrário ao racismo, base do nazismo, e Plínio Salgado foi o primeiro pensador brasileiro a condenar publicamente o nazismo.
O Integralismo nunca foi contra os sindicatos, antes muito pelo contrário. O companheiro Integralista Olbiano de Mello, por exemplo, sempre defendeu a transformação do Brasil em uma república sindicalista.

O Nosso Chefe Plínio Salgado era radicalmente contrário ao ódio e ao uso de violência contra os comunistas, defendendo, sim, o combate ao comunismo, doutrina do ódio, da violência e da desagregação moral, combate que se daria não torturando e matando comunistas, mas sim combatendo as causas que levam ao comunismo: o materialismo, o capitalismo liberal, a liberal-democracia burguesa, o comodismo burguês, etc...

Para os que pensam que o Integralismo é o nazi-fascismo Tupiniquim:

“Desde a Monarquia, temos vivido sob a preocupação de impor ao nosso País sistemas políticos estrangeiros...

Assim, não devemos transplantar para o Brasil, nem o fascismo nem outros sistemas exóticos.” - Plínio Salgado, Manifesto da legião Revolucionária de SP, 1931.

“O problema brasileiro é muito mais difícil do que os da Rússia, da Itália e da Alemanha. Os modelos de Lenine, de Mussolini e de Hitler, não valem nada no caso do Brasil”. - Plínio Salgado, "Despertaremos a Nação".

“O homem no Estatismo Racista ou Imperialista, estadartiza-se, uniformiza-se nos movimentos de um todo que é a finalidade inumana do Estado”. - Idem, Ibidem.

“Não pretendemos uma ditadura, só os povos bárbaros permitem ditaduras”. - Idem, ibidem.

“Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo brasileiro tão superior como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos." - PLÍNIO SALGADO.

"Assim como hoje, todos os que insurgem contra o comunismo e o materialismo são tidos por fascistas e nazistas, também naquele tempo." - Idem.

"No caso da Alemanha, não tenho dúvida (pelo que tenho lido nos livros nazistas, notadamente no livro de Hitler - 'Minha Luta' - e pelo que tenho deduzido das medidas e iniciativas governamentais), que o governo hitlerista está, sem dúvida alguma, infringindo as mais sagradas leis naturais e humanas e dando lugar a que católicos, ciosos do livre arbítrio e da intangibilidade do homem e de sua família, se rebelem contra o Estado. (...) O ascetismo, a mística, a super-humanização do tipo do Fuehrer, a sua divinização ao ponto de o considerarem, os mais exaltados, a encarnação de Odin, exprime um artificialismo político que foge de toda a base e equilíbrio da razão humana. Nós, os integralistas, que somos coisa absolutamente diferente do nazismo e do fascismo, não nos cansamos de dizer que o nosso fundamento é cristão."
Trechos do art. "Nacional Socialismo e Cristianismo Social", de PLÍNIO SALGADO, publicado a 14 de fevereiro de 1936. (cit. por Jayme Ferreira da Silva em "A Verdade Sobre o Integralismo", págs. 29 e 30.)

"Não podemos querer hoje mal ao judeu, pelo fato de ser o principal detentor do ouro, portanto principal responsável pela balbúrdia econômico-financeira que atormenta os povos, especialmente os semicoloniais como nós, da América do Sul. O judeu-capitalista é igual ao cristão-capitalista (...). Ambos não terão mais razão de ser porque a humanidade se libertará da escravidão dos juros e do latrocínio do jogo das Bolsas e das manobras banqueiristas. A ANIMOSIDADE CONTRA OS JUDEUS É, ALÉM DO MAIS, ANTICRISTÃ e, como tal, até condenada pelo próprio catolicismo. A guerra que se fez a essa raça na Alemanha, foi, nos seus exageros, inspirada pelo paganismo e pelo preconceito de raça. O PROBLEMA DO MUNDO É ÉTICO E NÃO ÉTNICO." Plínio Salgado

"Do Hitlerismo podemos tirar algumas lições em matéria de organização política e financeira, mas não sabemos em que nos poderia ser útil a tese da superioridade racial, tese que consulta uma situação local.
Nós brasileiros devemos nos libertar do jugo do capitalismo financeiro e do agiotarismo internacional, sem que para isso abandonemos os princípios éticos para descambarmos até aos preconceitos racistas. A moral não permite que se distinga entre o agiota judeu e o agiota que diz ser cristão; entre o açambarcador que frequenta a Cúria e o que frequenta a Sinagoga. O combate ao banqueirismo internacional e aos processos indecorosos dos capitalistas sem pátria, justifica-se no plano moral. E quando a pureza da norma ética está conosco, não se compreende bem qual a necessidade de outras justificações , que podem ser de efeito, mas que certamente são discutíveis." MIGUEL REALE.
 
 
Nota do Blog: Artigo originalmente publicado em Fevereiro de 2006.

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